Comunicação a uma academia
Fica aà a indicação
Os autores da obra se desobrigaram de fazer uma adaptação, e eu também estou sussa de fazer a crÃtica teatral. Deixo o link do conto, que é o que me interessa depois de assistir Comunicação a uma academia, no FIT Rio Preto 2009. No link, o conto tem outra tradução: Relatório a uma academia e está em formato PDF. Clique e baixe. (Como você não deve ser assinante do Rapidshare, o melhor serviço de pirataria paga da internet – algo que os governos deveriam fazer gratuitamente – clique em “free user”, aguarde alguns segundos e o link do download deve aparecer na sequência). Houve quem tenha dito que a maquiagem é “discreta, precisa e genial” e que a iluminação é “severa e certeira“. Como não sei exatamente o que isso quer dizer, deixo duas fotos do Edson Kumasaka pra que você, navegador da Bacante, ajude-me a esclarecer.
1 indicação ao prêmio shell. Sim, aquele do posto de gasolina
Que maldade colocar essas fotos. Elas nem foram tiradas durante o espetáculo, são apenas divulgação. Assim, não é possÃvel olhá-las e sair por aà julgando a iluminação e a maquiagem (que depende – muito – da iluminação).
Que maldade também não criticar a peça, fiquei sem entender. Pelo menos podiam ter falado que a Juliana Galdino estava ótima. Melhor seria se não tivessem colocado nada.
Desse jeito as coisas ficam gratuitas, entende?
Concordo com o comentário acima. Que porcaria é essa?
É verdade. Não dá pra julgar nada mesmo.
Valeu pela dica, ainda não tinha reparado.
Abraço ao Luiz.
Raphael, mande um abraço ao pessoal da Unesp pra mim.
Hahahaha. Cada dia mais ácido, FabrÃcio!
Que isso, Kiko. Não sou ácido com ninguém que procura o diálogo. O Luis Paulo até procurou, mas não entendeu a ironia. Tudo bem, à vezes nem eu as entendo.
De qualquer maneira, mesmo com os radicalismos, acho legal ter todos os comentários por aqui.
Abraço
Querido FabrÃcio, você andou rastreando o meu IP? Meu não, da Unesp… Porque acho que você não me conhece apenas pelo meu primeiro nome, não é mesmo?
Só achei que algum desinformado não entenderia completamente seu texto, entende? Há um quê de hermético nele, e você escreve para as pessoas, não para você mesmo. É só um problema quanto ao modo de escrever, talvez, implicância mesmo.
Mesmo assim, deixa pra lá esse negócio de investigação, né? Ou você descobriu de uma outra forma? Saber de onde sou ou quem sou não importa muito. Sou pessoa, antes de qualquer outra coisa, ok? Não vou pensar mal de você por um momento de pura curiosidade, né? Mas que é feio investigar, é.
Bom, grandÃssimo abraço e até mais.
Oi Raphael
Já tinha até respondido no teu comentário pra Astier. Eu nem preciso investigar. Esses dados vem com seu comentário, num email que recebemos.
Legal você questionar a forma. Não sei se é o caso desse texto (só você e quem ler poderão dizer), mas não é a primeira vez que faço um texto hermético. O que me irrita um tanto com relação a essa montagem é não terem adaptado o Kafka. E era só isso que queria falar. Talvez seja pouco pra uma crÃtica.
Anyway, teu questionamento da forma é muito bem vindo.
Abraço
É…
Mais uma vez, vocês não tem nada a dizer. A revista Bacante, que poderia ser algo extremamente importante (dado o cuidado com que é feita), mais uma vez cai na absoluta estupidez e obtusidade.
Piadinhas diante de uma obra de arte, eu posso fazer até com um quadro do Pollock ou com um filme do Bergman. A pergunta é: o que eu ganho, como ser humano, com isso? O que o debate artÃstico ganha?
Falo de coração (e, por favor, me poupem de mais ironias baratas – porque nem engraçados os comentários são): repensem .
E estudem. ESTUDEM!
Roberto
Não é piadinha, é um questionamento com humor. Nesse caso, um questionamento bem objetivo. Se quiser responder, com argumentos, fique à vontade, se não quiser, chamar o questionamento de estúpido não vai resolver, né?
O que o debate artÃstico ganha com vc mandando, de coração, a gente estudar (com todas as letras maiúsculas)?
Roberto,
também do fundo do coração,
estudar o que?
Você tem como disponibilizar
uma ementa
ou sugerir uma bibliografia.
Qual é o problema em estabelecer um tipo
de abordagem que foge
ao enquadramento das estrelinhas
e, mais, de tipo uma crÃtica que não pode
ter um trecho retirado para
o material de divulgação do próximo espetáculo?
A gente se acostumou
com um lugar para a crÃtica.
A gente se acostumou
a com uma forma, com jargões
e com modelos de crÃticas.
Quando você diz que devemos estudar,
há o pressuposto aqui de que ninguém estuda,
ninguém lê.
Eu não recebi o questionário – que você
deve ter distribuÃdo pra fazer uma afirmação como essa – sobre Ãndice de leitura e estudo por aqui.
O que o debate artÃstico ganha com posturas
hierarquizadas como essa?
Com esse tipo de abordagem preconceituosa –
você parte de um conceito pré – estabelecido
de que ninguém estuda – o que é que o debate ganha, qual é a tua contribuição?.
Você até usa o CAIXA ALTA
no verbo “estudar” que inclusive está
conjugado no mais autoritário dos tempos
verbais – o imperativo (estude tu, “estudem” vocês, estudemos nós).
As ironias podem ser baratas,
os comentários podem nem ser engraçados,
mas não são proibidos.
E se levar a sério demais
é a pior e mais manjada das piadas, Roberto.
Em primeiro lugar, Juli: não há questionamento algum na “crÃtica” de seu colega. Dizer que não houve adaptação é, sim, de uma estupidez absoluta, haja vista que a obra do Kafka já está em forma monologal, e não necessitava, para nossos propósitos, de nenhum tipo de adaptação. Quanto a pedir que vocês estudem: é justamente para que haja algum tipo de debate no campo da arte; leiam crÃticos como David Sylvester, Harold Rosemberg, Clemente Greenberg, T. J. Clark, entre muitos outros, e procurem entender o que é escrever sobre obras de arte. Mas agora, peço desculpas: tenho muito o que fazer para ficar passando bibliografias pra vocês… PENSEM antes de escrever (?), ou continuem se divertindo comendo (sozinhos) a sua própria m…
Com carinho,
Roberto
Oi, Roberto.
Obrigada por vir comer nossa merda com a gente de novo.
Agradeço suas indicações bibliográficas, mas suspeito que Astier estava sendo irônico quando lhe pediu isso.
Achei um pouco contraditório o trecho: “dizer que não houve adaptação é, sim de uma estupidez absoluta (…) não necessitava, para nossos propósitos, de nenhum tipo de adaptação”. Logo, não houve adaptação, certo? Logo é possÃvel dizer que isso foi uma escolha da montagem, certo? Logo é possÃvel questionar essa escolha, o que levou a ela, o que ela de fato comunica, o que ela de fato transforma em cena. Ou não?
Quanto ao que uma pessoa É OBRIGADA a estudar e pensar antes de escrever sobre qualquer tema, acho que, felizmente, é muito complexo pra definir com meia dúzia de nomes de crÃticos e UM ÚNICO modo de “entender o que é” escrever sobre uma obra de arte. Estamos conversando com um tempo em que há muitas maneiras de escrever – ou para ir além da escrita, inclusive, de se comunicar com uma obra de arte. Mas aÃ, como vc já disse antes, é um choque entre a minha maneira e a sua de ver a arte, o mundo, a internet, a comunicação.
Quanto ao seu tempo, fique à vontade para ir fazer tudo o que vc tem pra fazer em vez de nos passar uma bibliografia.
Um abraço,
Juli =)
PS.: (Pela última vez, juro!) Não estou dizendo que vocês não possam fazer crÃticas (?) do modo como fazem. Defendo até a morte o direito de todos fazerem o que quiserem, como quiserem. Só que eu também tenho o direito de dizer o que eu quiser, de ver o mundo e a arte como eu quiser. É tudo uma questão de formação (cultural, existencial, etc…). Vocês reivindicam o direito de serem ignorantes, superficiais, e pra mim está Ok. Só estou aqui, pela última vez, respondendo, porque quando abri a internet a revista Bacante apareceu em um link. Se fosse uma crÃtica, positiva ou negativa, jamais responderia (nunca o fiz, e contabilizo dezenas, talvez centenas de crÃticas ao meu trabalho, metade positivas, metade negativas, o que acho ótimo), porque salvaguardo o direito dos crÃticos fazerem seu trabalho, assim como eu faço o meu, criando peças de teatro há quase 20 anos. A questão é que não era uma crÃtica, mas um comentário repleto de maldade, ironia barata, que não visa nada a não ser debochar do trabalho de artistas. O que eu pedi, imperativamente sim, foi que vocês fizessem o duro esforço de PENSAR (o que é muito difÃcil, reconheço) antes de escreverem. Mas se não querem, ou se pensam de um modo que parece, a mim, estúpido, equivocado, obtuso, fiquem a vontade. Vou passar agora a ignorar o site da revista Bacante, mas sei que isso não faz nenhuma diferença para vocês: as piadas são preguiçosas e para consumo interno, mesmo. Só produzem risadas (lembro-me das hienas) ou repúdio por parte dos alvos (como eu, aqui); mas PENSAMENTO, isso as gracinhas, os deboches não geram… Mas, reconheço a favor de vocês: produzir PENSAMENTO nunca foi mesmo a intenção da revista Bacante.
Até,
Roberto
Uma vez eu entrevistei Jomard Muniz de Brito em Recife e ele me disse uma coisa que eu me esqueci.
“Ai, que saudade do tempo em que se podia polemizar. Hoje não se pode polemizar que já vão lhe chamado de filho da puta”.
Por mais que você
queira enquadrar a crÃtica a partir dos pressupostos que lhe convêm, a partir da expectativa que melhor lhe apraz, com um discurso autoritário e normativo, eu não quero entrar no seu jogo; “PENSEM antes de escrever” , tsc… novamente o verbo no imperativo, acho que você tem complexo de Casa Grande (apud FREYRE, Gilberto); o ranço do mandonismo que herdamos do sistema escravocrata, está bem presente na sua postura.
Se você não quer se discuta sua obra, não cobra igresso, fica em casa e brincando de teatro; faz uma sessão só pra escolhidos e não esquece de pedir o currÃculo de quem for ver.
Você não consegue olhar, não consegue entender, mas essa crÃtica, que você autoritariamente faz questão de por entre aspas, tá gerando discussão sim – independente da forma como você tenda dirigir o debate.
Todo o seu discurso, e nem preciso me reportar a Ingedore Koch pra saber, tá eivando de autoritarismo, de imposição de subordinação nossa ao que você imagina como linha única de apreciação de uma obra de arte.
Na boa, ninguém te chamou pra cagar regra, Alvim.
Ninguém escolheu pagar a cadeira do que seja obra de arte, você não tá em sala de aula, nem em sala de ensaio.
Você entrou no site e o tempo todo desqualificou a crÃtica – A CRÃTICA, A CRÃTICA, A CRÃTICA – do FabrÃcio.
E o mais interessante é que a sua argumentação é totalmente desqualificada e até de baixo calão – eu esperava mais de você, juro.
Se você não tivesse olhando pro umbigo já teria se ligado há 12 comentários nos quais estamos – embora você procure só despejar desaforos – discutindo crÃtica.
Pra encerrar esse longo coment,
1- não é você quem vai dizer que a gente pode ou não fazer crÃtica
2- você tem o direito de dizer o que quiser – mas, se segura, vai ouvir – se quer falar democraticamente, vai ouvir democraticamente .
Me recuso a admitir que seja você quem vá fechar o debate aqui.
3- é inúltil botar as credenciais na mesa pq aqui ninguém tá pleiteando vaga de professor subistituto; isso é estabelecer um relação hierárquica que não funciona pra quem quer trocar ideia – coisa que você desde o inÃcio não quis.
4- ninguém tá reivindicando o direito de ser ignorante, superficial – Tás notando como você quer pq estabelecer uma relação desigual, de letrado contra inculto; de ilustrado contra ignorante – e o pior, VOCÊ SÓ Tà PAGANDO MICO com essa postura.
E, já que você se negou a ler, que decidou não participar do debate – mas quer mesmo partir pro insulto – eu te proponho um desafio. Tenta escrever sem usar adjetivo. Fica tudo tão vago quando se argumenta com “estúpido”, “equivocado”, “obtuso” –
Astier, acho que vc é um artista FRUSTRADO. E deve ser duro só conseguir atenção com provocações baratas.
Que triste!
Ao mesmo tempo é engraçado, porque você usa a sua boa estrutura para escrever um texto se defendendo e atacando… só isso. na crÃtica é um incapaz!
Incapaz e invejoso.
Cuidado pra sua passagem na Terra ser nula. Isso é tão triste no fim de uma vida…
Oi João,
cê quer falar de mim?
Bora, acho bacana,
se bem que não sei se esse o lugar mais apropriado
pra isso, até porque em nenhum momento
eu falei de minha vida,
de minhas frustrações,
nem de nada – tampouco escrevi isso na crÃtica; que aliás, esta aqui nem fui eu quem a fiz, mas o meu amigo FabrÃcio Muriana.
Mas esse seu julgamento a meu respeito me fez pensar…
Será que é possÃvel duas pessoas discutirem
um tema procurando apresentarem suas ideias
sem que isso soe como algo que
atinja uma dimensão pessoal?
É pedir demais que fiquemos no exame do tema
e não resvalemos pra observações como a sua.
Acho q num primeiros comentários
eu coloquei uma frase ótima do Jomard Muniz de Brito que diz “ai que saudade do tempo em que se podia polemizar. Hoje você não pode fazer uma polêmica que vem chamar você de filho da puta”.
É. Não se pode discutir um tema, alimentar uma boa polêmica sem que se derrape pro terreno pessoal?
João, anota meu msn: astierbasilio13@hotmail.com.br
a gente pode falar sobre minhas frustrações desde que você fale das suas também pra não ficar desigual, tá?
João quanto ao fato de eu ser um “incapaz” como crÃtico,
esse argumento em lógica – que é uma ciência, tá? – não tem nenhum fundamento: dizer que alguém é “incapaz” é o mesmo que dizer que alguém “não é incapaz” – percebe como um adjetivo só é pouco pra expressar um ponto de vista?
Sobre a minha passagem na terra ser nula,
pra mim só falta ter um filho,
porque plantar uma árvore e escrever um livro eu fiz, sabia joão?
E pra encerrar nosso papo e refletindo sobre o que você me alertou, vamos ficar com um poema?
É de autoria do poeta romântico Francisco Otaviano (1825-1889)
“Quem passou a vida em brancas nuvens
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu.”
Abração
“Se fosse uma crÃtica, positiva ou negativa, jamais responderia”
“A questão é que não era uma crÃtica, mas um comentário repleto de maldade, ironia barata, que não visa nada a não ser debochar do trabalho de artistas.”
No primeiro trecho, você deu sentido à existência da minha crÃtica. Por isso, eu te agradeço, pois muitas vezes é difÃcil ver o sentido do que estamos fazendo aqui. Isso não é uma ironia.
No segundo trecho você errou, Alvim. Releia a crÃtica sem a miopia de alguém que quer proteger a própria criação, mas com a liberdade de alguém que quer pensar sobre o que faz e vai ver que não há maldade. Há um chamamento, bem direto. E fico feliz que você o tenha aceito.
Abraço e apareça.
Pra quem se interessar em aprofundar a discussão sobre o que a peça trata, saiu um texto bem interessante do Pondé, na Folha de São Paulo.
http://areia.wordpress.com/2009/09/14/um-relatorio-para-a-academia/
Abraço a quem for ler.
Acabei de assistir a peça, e achei absolutamente genial. O idiota que escreveu essa crÃtica – idiota insignificante demais pra que eu decore seu nome – ainda chamou outros amiguinhos igualmente insignificantes para defendê-lo. Pô, façam coisas relevantes e não fiquem falando besteira só porque são medÃocres e incapazes… E ainda por cima, não aceitam crÃtica e ficam nervosinhos, coitadinhos… Como a crÃtica recebe a crÃtica?
Oi Beatriz
Teu comentário me lembrou esse link aqui:
http://www.wimbleblog.com.ar/2010/02/en-esta-aldea-global-hay-un-imbecil-sos.html
Mas relaxe, que não vamos tirar os comentários da Bacante.
Um abraço e volte quando quiser discutir a peça.
Na fogueira das vaidades quem anda sobre brasas?
Sobre o comentário/crÃtica, só acho meio careta esse negócio sobre adaptação obrigada ou desobrigada. Mas, que sé yo?
De resto, me parece quase tudo violência gratuita.
Aprendi com um mestre: é só uma peça de teatro.
Aprendi com outro: o papel da crÃtica é equivocar-se.
E sempre cantei em meados de junho julho: pula a fogueira, Iaiá. Pula a fogueira Iôiô. Cuidado para não se queimar…!
Uau! Esses comentários é um belo texto para um espetáculo simbolista. Continuem.
gente, crÃtica de arte é barraco alto-nÃvel!
mas ó, endosso a discussão: rasa demais essa crÃtica. esvaziada de ser crÃtica, de pensar no que se viu, de fazer seu papel de crÃtico para uma revista.
dá pra perceber a preguiça e o desinteresse em escrever e creio que não dá pra se justificar dizendo que foi porque faltou a adaptação do texto.
alguém te deu as regras do que pode ou não ser considerada uma adaptação?