José e Seu Manto Technicolor

Críticas   |       |    6 de agosto de 2007    |    45 comentários

Quando cantar não espanta males

Foto: João Caldas

Dizia o grande sábio: “A fila anda”. Leia e entenda o porquê. O espetáculo a ser resenhado? José e Seu Manto Technicolor. Pode parecer, mas não se trata exatamente de um espetáculo teatral daqueles do gênero “teatro musical”. A melhor definição seria “show”. A partir daqui, leitor, não se incomode se eu abrir vários parênteses.

Sim, porque o musical de Andrew Lloyd Weber (que cometeu uma série de musicais e é conhecido por O Fantasma da Ópera) e Tim Rice (ganhador do Oscar por muitas trilhas sonoras, como a do desenho O Rei Leão) não tem respiro (mentira, o espetáculo tem um intervalo de 20 minutos – 20 minutos!!!), não tem conflito, não tem personagem construída, não tem nada da estrutura do drama. Só música, gente dançando, figurinos da 25 de março e cenários que sobem e descem do urdimento do Teatro Sérgio Cardoso. Talvez tenha sido um problema da direção de Iacov Hillel (que é professor da ECA/EAD, fique bem registrado). Mas não saberemos se quem escorregou na banana foram os criadores ou o encenador, pois o programa e o rilise registram que Hillel quis manter a partitura e a história de Weber e Rice.

O que pode ser contado é que a história trata de José (Rafael Zolko), o filho predileto de Jacó (Gilbert), que recebe um presente de seu pai: o tal manto tecnicolor do título. Ah, tecnicolor, leitor, é porque o manto tem muitas cores, um arco-íris praticamente. Os irmãos sentem inveja de José e, numa cilada, entregam-no a um senhor de escravos. Eis que ele consegue, depois de desventuras, se transformar em faraó do Egito e… Bom, não vou contar a história inteira que mais parece uma viagem de LSD na cabeça de Claude ou Berger (do musical Hair). Cabe somente dizer que é tudo pretexto para números musicais com a finalidade de famílias e crianças aplaudirem ao final de cada um deles, além, lógico, de tocar diversos ritmos, como pop, calipso (“disse” o rilise) e rock (com a participação especial de Elvis Presley como o Faraó ou vice-versa – !).

Desculpe, leitor, por escrever muitos parênteses. É que são tantos os detalhes para falar… Voltando: o mérito da atuação, se é que há, cabe mais à aparição dos 11 irmãos de José do que a ele mesmo, já que Rafael Zolko não demonstra carisma. Gilbert (que você deve lembrar mais da novela Esperança) aparece pouco e só se pode falar de seu registro vocal. Fortuna é uma grande cantora, mas sua personagem, a narradora, é dispensável. Do restante, temos os coristas, os bailarinos com a incrível função de dançar (claro!) e preencher o palco (também preenchido pelo cenário gigante) e as crianças que assistem a narradora contar a saga impossível de José.

Só não entendo algumas coisas: a obsessão por “lá, lá, lá, lá” nas canções; a “atitude de musical” que os atores assumem, tornando-se grandiloqüentes, sempre abrindo os braços e fazendo expressões estereotipadas; a outra obsessão por sempre terminar um número com a extensão de uma palavra como, por exemplo, “es-treeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee-laaaaaaaaaaaaaaa – pã!” (sendo o “pã!” final aquele estrondo de “acabou a música”) e, finalmente, por que sempre usar balé nas coreografias, que ainda por cima, são pouco inventivas? Não entendo. Por isso, não espere teatro, espere show. Para famílias. E, como eu disse ali em cima, “a fila anda”. Next!

200 pessoas em cena e nenhum espetáculo teatral

'45 comentários para “José e Seu Manto Technicolor”'
  1. Daniele Avila disse:

    vamos ver se eu entendi: aquilo na primeira foto é uma versão gay de o pequeno príncipe?
    ah, não… deve ser o manto technicolor de José…
    depois o pessoal acha ruim quando é crucificado…

  2. Maurício Alcântara disse:

    hahahahahahahahahaha

  3. Valmir disse:

    Olha só o veneno da menina carioca!!! Brincadeira, Dani. Mas quem devia ser martirizado sou eu!

  4. Anonymous disse:

    1- A história eh biblica.. entao nao critique a historia..
    2- Fui assistir.. e se isso eh apenas um show.. entao vc deveria talvez ver outros musicais.. eu achei maravilhoso.. e amigos meus ( nao familias ) foram ver mais do q uma vez.
    3- Achou cenario nao tao rico ??? Eh so ver o custo do espetaculo que nao beira nem de perto os 12 milhoes de dolares de miss saigon
    4-um Musical com sua maioria de amadores.. deveria ser visto por outros olhos.. criticar o Jose é facil.. por que vc nao fala q tem apenas 18 anos.. e eh a primeira vez q sobe num palco.Eh mais facil falar mal…
    5- Realmente os irmãos mandam muito bem.
    e por fim.. eh por criticas como a sua que o teatro nao tem o apoio que merece.. uma iniciativa de pessoas que fizeram um trabalho voluntário.. que trabalham com outras coisas.. vc deveria no minimo reconhecer ou citar isso nessa sua “resenha”.

    Henrique

  5. Valmir disse:

    Errei duas vezes o comentário… Nossa, Henrique, viu? Anônimo? Seu anonimato te protege. A falta do meu não. Mas vou responder tudo.

    1 – A história é bíblica? Não criticá-la? Sim, porque José recebeu a bandeira da Parada Gay de seu pai (sem ofensa à Parada Gay) e o Faraó era Elvis e José passava por todos os ritmos, incluindo o calipso… Se fosse isso, então a Liga Cristã Mundial deveria processar o elenco todo do espetáculo, não? Porque eles querem processar os atores de “O Santo Parto” por ridicularizarem as crenças cristãs. Lê no nosso blog aí. Poxa, Henrique, “José” também não ridiculariza?

    2 – O teatro tem conflito. Em termos aristotélicos, sabe? Não sabe? Como diz o Christian Pior: “joga no Google”. “José e Seu Manto”, se tem um conflito, ameniza, não investe, não faz nada. Pena. Então não é teatro. É um número musical atrás de outro.

    3 – Rico? Não, eu não disse isso. Não me importa quanto gastaram no cenário, mas me importa se ele serve pra alguma coisa. Tem peça que tem parafernália e nada pra dizer com aquilo. Tem peça em que o palco é nu e diz mais do que tudo aquilo que desceu e subiu no Sérgio Cardoso. Nenhum dinheiro, nem 12 milhões, faz critavidade, inventividade ou Arte.

    4 – A função do crítico, meu caro, é avaliar o espetáculo pelo o que ele é, no que se propõe. Se é amador, se é isso, se é aquilo, não cabe a mim. Não atenua ter cometido um espetáculo desses só porque temos amadores no elenco. Já vi peças com amadores que arrasavam. Só tenho que avaliar o espetáculo como Teatro. Só. Se não queriam crítica, bom, fizessem só para os amigos e a comunidade judaica. Mas, afinal, esse parecia ser o intuito mesmo…

    5 – Repitoo que foi dito acima: a função do crítico é avaliar o espetáculo na categoria TEATRO. Trabalho voluntário, crianças em cena para que os pais se deliciem na platéia, histórias oportunistas para públicos idem, nada disso deve chamar a minha atenção.

    E o Teatro não tem apoio por uma série de fatores sociais, históricos, governamentais. Esse último me interessa. Porque o Estado não quer alimentar idéias nem revoluções. “Panis et Circensis”, já ouviu falar? O Estado quer incutir nas pessoas, cada vez mais, uma alienação, uma ausência de espírito crítico que só comédias escrachadas e mal-ajambradas escritas por pessoas pretensiosas e mantos tecnicolor podem trazer.

    Grande abraço, Henrique

    Valmir Junior

  6. Anonymous disse:

    Nao sei quem te contratou para trabalhar neste site, mas confesso que fico surpreso por ver como uma pessoa pode ser leviana e mal intencionada quando le dao a oportunidade de expressar-se.
    Assisti ao musical e aqui nao cabe a minha opiniao se gostei ou nao, mas a sua funcao e informar, diferente de detonar e nao so detonar, independente do trabalho ser amador ou nao as pessoas merecem o minimo de respeito e sinceramente voce precisa repensar nos seus valores pois e uma pessoa muito perturbada e com certeza deve ser frustrado pois suas palavras expressam isso, que Deus te ajude a conviver com sua consciencia se e que voce tem alguma.

  7. Maurício Alcântara disse:

    Vixe Maria, vamos lá.

    Então, Anônimo. Você não se apresenta mas eu me apresento, sou um dos editores da revista. Muito prazer! (Talvez isso já tire sua dúvida sobre “quem contratou, embora não haja contrato, e sim uma vontade espontânea de se falar de teatro, tanto por parte dele como da nossa).

    Gostaria de fazer dois convites. O primeiro, de dar uma olhada na revista para ver que, na verdade, não existe obrigação nenhuma de informar – isso a gente deixa pra Folha, pra Veja e pro Fantástico – a sua revista eletrônica semanal. A idéia aqui é a de gerar OPINIÀO e DISCUSSÀO (claro, com o humor que situações como essa requerem).

    Se apontar falhas onde há falhas (assim como falar bem do que é bom) é ser leviano e mal-intencionado, esse é nosso perfil editorial…

    O segundo convite é o de, já que você não concorda, de enviar a sua crítica para a peça, dialogando com a do Valmir. Sua opinião se gostou ou não pode caber sim, desde que você se identifique (afinal, infelizmente a semana do Anônimo Feliz já acabou…

    Abraços!

  8. Juli =) disse:

    “Fantástico – sua revista eletrônica semanal” foi incrível, Mau! rssss

    Falando sério uma questão me preocupa. O Valmir citou, mas como foi meio na brincadeira, acho bom reforçar: a questão do trabalho ser voluntário e do garoto estar estreando é relevante a ponto de o Valmir poder realmente citá-las na resenha (se quisesse dar esse foco). Mas isso, de maneira alguma, pode ser atenuante da má-qualidade do trabalho. Aliás, acredito que um trabalho realmente voluntário (de “vontade”) tende a sair ainda melhor do que os outros (assalariados, escravos,…). Então, de fato, se por ser voluntário ou por ser um trabalho de pessoas inexperientes não era possível garantir qualidade cênica, então não podiam abrir para o público, divulgar, COBRAR, enfim… Isso que o Henrique Anônimo disse é uma informação sobre a peça e podemos até agradecer a ele por acrescentá-la, mas não pode ser encarada como uma justificativa.

    Beijocas,
    Juli =)

  9. Anonymous disse:

    rsss vcs sao otimos..
    foram 15 apresentações lotadas ( 856 em cada ) 2 delas abertas a femiliares e amigos.. na ultima 200 do lado de fora.. Eh deve ter sido horrivel.. muito mal feita..qualidade péssima..
    E outra coisa.. acho q o Valmir se confundiu de peça.. ja que la la la la so tem em uma musica.. q alis tbm tem no original.. da broadway e em londres q sao horriveis tbm… tsc tsc..
    Se a peça voltar.. vao assistir.. e Valmir.. vai de novo.. e conta os la la la .. rsss

    boa noite

  10. Fabrício Muriana disse:

    Porra.
    Eu não sabia desse dado!
    15 apresentações, no Sergio Cardoso, e lotadas. Isso é pra se considerar.
    Precisamos criar um padrão de análise, afinal um musical, com história bíblica, feito por atores iniciantes e ainda lotado, isso não pode ser passível de crítica. Eu vejo como um achado pós-moderno de criação teatral. É algo que vai além (ou aquém) de qualquer crítica.
    Pra esse tipo de coisa temos que criar o padrão Juca de Oliveira de análise. Parecido com o padrão globo de qualidade.
    E tem outra coisa que temos que reformular nessa jossa de Revista: assessor de imprensa e familiar tem que ter cota de comentário!

  11. Maurício Alcântara disse:

    Tem razão, Anônimo. Números são importantes (o tamanho do elenco não deixa mentir).

    Inclusive, ontem teve Criança Esperança e estava lotadaço. Isso faz do número da Wanessa Camargo um sucesso de qualidade inquestionável também, né?

  12. Juli =) disse:

    Blz. Cota pra familiar! Mas não pode ser igual cota de imprensa nos espetáculos, tem que ser mais generosa.
    Acho importante a cota até porque – vocês viram? – o Henrique informou que eles barraram familiares e amigos em 13 das 15 apresentações! Que absurdo…

  13. Valmir disse:

    Que discussão acalorada! Olha, parabéns pelo público. Se todas essas apresentações estavam cheias, meus parabéns. O ingresso era caro e para manter uma produção deste porte, realmente, só a R$ 90,00. Entretanto, devo discordar que isso seja fator de qualidade. Também devo discordar que por ser um espetáculo internacional isso seja algum mérito.

    Não fui leviano e mal-intencionado. Fui até bem-humorado pelo o que eu vi. Só tratei com humor algo que eu poderia ter tratado com mais formalidade e que resultaria, sem problemas, numa crítica com vários “ismos”, mas dizendo, no fundo, a mesma coisa. Veja, por exemplo, no blog do Sérgio Sálvia Coelho (http://namoita.zip.net) a crítica ao “My Fair Lady” (do qual você, anônimo, deve ser fã) e veja como é uma crítica formal. No caso da Bacante, vou tratar com humor. Isso não é leviandade.

  14. ROdriogo Martins disse:

    Nossa estao todos editores acordados..
    Eu nao sei oq eh pior.. alguem falar mal se nem prestou atenção.. alguem falar mal sem ter visto..
    E outra.. ja q vcs estao se juntando.. esse judia de mim judia.. eh pejorativo.. e ja está gravado aqui no meu pc.. pra uma peça judaica escrever isso.. era oq faltava.. rsss
    bom.. queridos atores frustrados.. nao sou ator.. mas amo teatro.. e vi um lindo espetaculo no sergio cardoso.. como mais 12 mil pessoas foram e indicaram aos outros.. ( nao como o criança esperança)
    Se seguir seu pensamento.. vou so nas peças vazias.. q ninguem vai.. essas sao as boas.. afinal ninguem vai rsss …revolucionarias.. .. magnificas.. hahahaha
    E parem de judiar ( olhem no dicionario o significado)e aprendam a reconhecer o trabalho de alguem.. nao esculhambar como vc s estao fazendo

  15. Fabrício Muriana disse:

    Caro Rodriogo.
    Eu prefiro a leitura que o Zeca Pagodinho faz da palavra. Essas leituras brechtianas não cabem no espetáculo citado.
    Eu só não entendi o lance de seguir o raciocício e ir ver peças vazias.
    Mas já o raciocício inverso e irônico, de que qualquer peça comercial que lote seja sinônimo de qualidade, esse eu entendi.
    Não ficou claro pra você?

  16. Maurício Alcântara disse:

    Ai ai ai, o meeeeesmo argumento furado de sempre “crítico é ator frustrado”… “crítico só gosta de coisa chata”… Num vou falar nada quanto a isso…

    E é pertinente dizer que nada temos contra peças que lotam teatros, desde que elas sejam boas.

    Eu, particularmente, gostei bastante do My Fair Lady que o Valmir citou – mas não por isso deixei de citar os problemas da montagem (aliás, não concordo com a crítica do Sérgio Sálvia mas nem por isso vou encampar uma briguinha com ele por isso). E se olhar no índice geral, verá que tem vários textos com superproduções. As boas são elogiadas, as ruins, criticadas. As “esculhambadas” são só aquelas sem salvação, o que nem foi o caso do Manto Hi-tech do Zé…

  17. Juli =) disse:

    É, amigo Rodrigo, fazer a Bacante dá insônia…
    Desculpe te chamar de amigo, assim, logo de cara, mas é que insônia dá carência…
    Aproveitando essa nossa recente intimidade, amigo, posso te confessar um trauma meu? Eu não sou editora da Bacante! Ai… e mesmo assim tenho insônia… ai, ai…

    Obrigada pelo seu ombro, Rodrigo.

    E, Mau, não é Hi-tech, o manto do Zé é Color-tech! Der…

  18. Daniele Avila disse:

    pô, sacanagem, ninguém comenta a minha piada…
    tem muita besteira aí, mas mta coisa séria tb. assim como o pessoal fica chateado quando crítico fala mal de peça, fico pasma quando se fala mal de crítico. fazer teatro por deslumbre é mole, agora, vai ser crítico por amor… complicado! acho q a gente deve criar uma comunidade daquelas: sou crítico mas sou feliz.

  19. Daniele Avila disse:

    minha parte preferida é:
    a outra obsessão por sempre terminar um número com a extensão de uma palavra como, por exemplo, “es-treeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee-laaaaaaaaaaaaaaa – pã!”
    acho isso a coisa mais engraçada q alguém já escreveu aqui. (depois é claro da “véia debaixo da cama do giacometti”)
    dá pra visualizar direitinho. musical é uma praga…

  20. Rodrigo Martins disse:

    rsss.. incrivel..
    pessoas q nem viram falam as coisas..
    eu tenho o cd aqui.. e fui ver esse negocio do “pã” tem em 4 das 24 faixas.. mas eh legal falar mal mesmo…
    Outra coisa.. Dani.. ninguem q nao gosta de futebol vai trabalhar com futebol.. entao se musical eh uma praga.. deixa pra quem goste… fazer as criticas…
    Mauricio.. a peça foi esculhambada.. assim como disse o Valmir: ” Estado quer incutir nas pessoas, cada vez mais, uma alienação, uma ausência de espírito crítico que só comédias escrachadas e mal-ajambradas escritas por pessoas pretensiosas e mantos tecnicolor podem trazer.”

    Que mais… ai sei la.. eh tanta besteira de pessoas que nem foram ver.. haaa Juli… pode me chamar de amigo nao me incomodo.. sou de habitos noturnos tambem.
    Outra coisa.. peça comercial??? oq eh peça comercial??? toda peça tem seu lado financeiro.. se nao nao existiriam atores.. todos tem q comer neh??? der
    E pra terminar.. criticas sempre sao boas.. vou dar um exemplo.. um grande critico de cinema e teatro estava lá.. conversei com ele.. ele criticou algumas coisas.. mas disse as coisas boas tbm… mas pelo que vejo nas outras resenhas de outras peças.. de 20 que li mais ou menos.. 19 foram péssimas.. acho q nao sao as peças q sao ruims.. talvez esteja na hora de trocar analista.. rsss

  21. Maurício Alcântara disse:

    Rodrigo, mais fácil do que trocar de “analista”, é você arrumar algo melhor pra ler, num acha?

    Aqui ninguém presta.

    Recomendo você ir ler onde esse tal de “grande crítico de cinema e de teatro” escreve.

    Abração.

  22. Daniele Avila disse:

    oi, rodrigo
    concordo com uma coisa q vc disse, mas fora do contexto um pouco. a crítica deve ter especialização sim: analisar um objeto a partir dos seus critérios, e não de critérios alheios à sua poética. mas pra isso, tem que ter uma poética! aqui o critério é o humor – no olhar e no escrever. é difícil rir de sim mesmo. tenta aí! boa noite.

  23. André Luiz Souza disse:

    Olá pessoal, tudo bem? Sou leitor da Bacante e fui assistir a essa peça, show ou sei lá o que era aquilo. Não tenho base de crítico para criticar com uma analise mais profunda, mas vou tentar explicar o que eu vi, com a minha humilde opinião. Primeiro me senti em uma peça infantil, das bem fraquinhas um monte de pessoas cantando, até que eram afinadas, mas com um figurino realmente era chocho, parecia desfile de escola de Samba do segundo grupo de São Vicente, desculpe a sinceridade, mas é o que era, uns cenários, fraquinhos, iluminação fraca a no logo no começo tem uma apresentação ridícula em um telão, o que já estava sendo apresentado no saguão de espera, e é onde o espectador já perde um pouco do elemento “surpresa do espetáculo”, Referente as atuações, teve atuação?!? Só tinha o pessoal dançando e cantando, o diretor podia conseguir melhor resultado dos “iniciantes” quanto o ator só ter 18 anos e ser a primeira vez que sobe em um palco, isso não salva ele de críticas, ele até era afinadinho, mas aquela expressão de novela Mexicana e dramalhões de quinta, também ninguém merece né… E o intervalo… 20 minutos?!? Você já rezando para aquilo acabar ainda tem um intervalo?!?! Só resta a esperança para ver se vai melhorar. O que não melhora, de repente em uma cena o Elvis começa a cantar? Como assim? E no final ainda tem um pupurri de todas as músicas, essa hora já tinha ido embora por que já tinha dado…

    Bom pelo menos a música era ao vivo.

    E “Anônimo” você tem que estar aberto às críticas a discussões.

    Abraços,

    André Souza

  24. fabiross disse:

    Nossa gente, nunca escrevi mas fiquei com vontade depois desta polêmica toda…

    bom, sou também leitora da bacante, sou amiga dos editores da revista, já fui sim uma atriz, hoje sou frustrada e virei publicitária. Já participei de peças em Ongs, inclusive de um musical com mais de 100 pessoas e nenhum recurso, sim, somente os familiares e amigos de familiares foram assistir. Eu amo de paixão musicais, sejam da broadway ou não. Não fui ver o musical que você tanto defende, por isso não posso opinar quanto a sua qualidade.
    Tanto eu, quanto você, quanto as pessoas que aqui opinaram tem o total direito absoluto de dizer o que acham, pois sim, eles pagaram o ingresso para a sua peça, ficaram duas horas ou mais assistindo aquilo gostando ou não.
    Você tem que saber ouvir críticas, ou você acha que crítica só vem “de críticos q tem a obrigação de informar” pq como meus amigos disseram, aqui não é local de informação, mas de opiniões de pessoas que sejam atores frustrados ou não (aí não cabe vc julgar a vida deles ou que fazem), que antes de tudo, são pessoas como eu e vc que possuem um senso crítico.
    Pensando bem, acho que aqui sim é um local de informação, mas não para pessoas q esperam como vc talvez a promoção de alguma coisa. Aqui vem quem quer, se vc não quiser vir, não venha, se vc acha que sempre haverão elogios, vc é ingênuo ou vc nunca falou mal de uma peça, sempre foi imparcial e disse: “ah, o figurino é ruim, os atores não tem expressão, mas a terceira faixa do cd é legal”?
    Ah, os editores da revista também tem amigos e como você pode ver, nem todos tem insônia.

  25. Isabelle Martinez disse:

    Gente!!!
    Sempre leio tudo que está aqui, mas dessa vez eu também nao resisti. Eu vi a estréia dessa peça. Concordo que existem falhas, mas acho que o Valmir exagerou tanto nas colocações, quanto no modo de colocá-las. E as pessoas q comentaram também. Engraçado para vocês, mas para mim uma piada de muito mal gosto. Pessoal isto é desmerecer um trabalho. Acompanho os trabalhos do diretor Iacov Hillel e falo pra vocês, mais de 20 prèmios ele conseguiu. Entre eles APETESP, SHELL , da CRITICA de SP. Então antes de falar mal ( pra mim o que escreveram aqui nao foi critica nem opinião, muito menos com humor )considerem as pessoas. Assistam com atenção e coloquem fatos reais, pois muito do que foi falado aqui nao eh real.

    Grata

  26. Maurício Alcântara disse:

    Não foi nem crítica nem opinião? Foi o que então?

    Não conheço o trabalho de Iacov Illel e não vi essa peça (e não me arrependo nem um pouco disso). E pra mim, sinceramente não estamos nem aí se ele ganhou Apetesp, Shell, Oscar, Grammy ou Miss Brasil. A gente não tá aqui pra fazer retrospectiva e muito menos fazer média.

    A Bacante também não desrespeita ninguém na medida em que está emitindo uma OPINIÃO LEGÍTIMA e que não tem (e não deve ter) nenhum tipo de ranço com a imparcialidade. Se achamos que a peça é ruim, vamos dizer que achamos ruim e pronto. (Viva a liberdade editorial e de expressão!)

    E ao contrário do que vocês estão fazendo, não estamos impondo essa opinião a ninguém. Achou a peça boa? Ótimo, vá ouvir o CD em casa e decorar as letras. Nós não temos nada com isso.

    Esses são os fatos reais. Simples assim…

  27. Isabelle Martinez disse:

    Nao precisa ser grosso. Também coloquei minha opinião. Se está nervoso nao é problema meu. Quem tem rancor aqui nao sou eu. Apenas falei sobre o modo que foi colocado. Acho que tem que colocar a opinião de vocês, mas nunca sem faltar ou mentir. Toma uma água com açucar se acalma e ouve um CD de algum musical. Ops!!!! Nem pensar, musicais são obras da burguesia, coisas de americanos, cópias de algum ruim. Escrevam verdades, depois podem dar sua opinião. HAAAA e nao briguem comigo, só estou dando a minha, assim como voces.

  28. Maurício Alcântara disse:

    Eita, alguém tá nervoso? Eu tô é curtindo muito essa polêmica, hehehe…

    Quem tá se equivocando e falando bobagem é você. E olha só! Eu tenho sim CDs de musicais, até porque eu sou um fã do formato. Só que pra eu gostar, a premissa é que o espetáculo seja bom (o que não parece ser o caso).

    A única coisa que que não entendi é onde é que a gente tá “faltando e mentindo”. Mostra pra gente onde é que estão as mentiras – e estendo a você o convite para escrever uma réplica da crítica, mostrando só “a verdade”.

    E se quiser ver a lista de chamada, vai ver que a gente não “faltou” não…

  29. André disse:

    Ol� Isabelli,

    Olha n�o acho que o Valmir, exagerou n�o, acho que ele foi sincero, o espet�culo � ruizinho, acho que este formato “Musical” tem que ser muito bem feito e com emo�o para ser “cantado” em Portugu�s, tem que ter o Glamour dos Musicais Americanos, se � para fazer tem que fazer muito bem feito, n�o acho que ele esta desmorecendo o trabalho de ningu�m, � uma cr�tica para que um pr�ximo fa�a melhor, e consiga melhor resultado dos artistas, apenas uma compara�o, no filme Cidade de Deus, a maioria dos atores eram amadores, vc viu o trabalho da F�tima Toledo? Ent�o… o diretor tinha que conseguir algo maior, infelizmente neste trabalho n�o conseguiu. Para mim tudo que foi escrito foi real, pq eu vi e se eu tivesse lido esta cr�tica do Valmir n�o iria perder meu dinheiro e meu tempo como perdi.

  30. Valmir Junior disse:

    Não menti, nem faltei. Quem faltou foi o espetáculo. Descrevi o que vi. Pelo o que considero teatro, faltou trato, faltou interpretação, faltou dramaturgia, faltou Arte. Nos aspectos técnicos, é até louvável a iniciativa, mas não posso simplesmente ser bonzinho com o espetáculo por isso ou pela carreira do Iacov Hillel. Qualquer artista é passível de errar. E quando isso acontece, o papel do crítico é apontar. No caso da Bacante, aqui se escreve com humor. E pronto. É a nossa linha editorial. E, logicamente, para quem fez, se a crítica não está a favor, natural que se sintam desmerecidas e tudo o mais. Mas não posso me abster e ficar em cima do muro em minhas críticas. Nem ser chapa branca. Devo ter irado algumas pessoas, mas não menti nada. E pena que as pessoas não estejam preparadas para receberem críticas. Recebi críticas, inclusive da Bacante, no meu espetáculo anterior (“Amores Dissecados”, procure aqui) e achei pertinente considerá-las. Quem está irado, devia fazer o mesmo. Ou simplesmente desconsiderá-las. E não perder seu tempo. É que a Internet dá margem de discussão. Ótimo, discutamos. Mas não fazer disso daqui uma balbúrdia sem fim. E amanhã atualiza!

  31. Valmir Junior disse:

    Ah, eu quis dizer com “amanhã atualiza!” o mesmo que quis com a resenha:

    A FILA ANDA.

    NEXT!

  32. Juli =) disse:

    Ah, Valmir! Desculpe discordar, mas eu voto pela “balbúrdia sem fim”! rssss

    Cara, o melhor de toda essa revista é o que vem abaixo das resenhas, dos posts, das matérias, das entrevistas: a liberdade de comentar, trocar, discutir! Vai lá criticar a crítica do Sálvia na Folha pra ver se tem como!

    Por isso, Isabelle, não desista! Continue colocando sua opinião, que ela é bem-vinda, sim! E prometo que não deixo mais o Mau brigar com você! rssss (Ele não tava brigando, não, te garanto) E Fabi, comente mais tb! A revista fica 777 vezes mais rica com mais gente falando…

    Beijocas. E vamos às próximas resenhas!
    Juli =)

  33. Leca Perrechil disse:

    Oi, gente. Como nem todo mundo da Bacante tem insônia, entro na discussão meio tarde… rs. Na verdade, fiquei curiosa: Rodrigo, se vc “de 20 que li mais ou menos.. 19 foram péssimas”, então qual foi a não péssima? A do “My Fair Lady”?

    Ontem colocamos mais 6 resenhas… mas como não sou matemática, ainda não consegui calcular quantas péssimas colocamos ontem. Se de 19, você não gosta de 20, então de 6, quantas resenhas não péssimas entraram ontem?

    Bjão.

  34. Leca Perrechil disse:

    Ichi. Me avisaram que tem um errinho no comentário acima. No final, é “Se de 20, você gosta de 19, então de 6, quantas resenhas não péssimas entraram ontem?”. É só fazer regra de 3, mas to com preguiça.

    Achei melhor corrigir, antes que alguém fizesse algum comentário tipo “dã,…”.

    Bjinhos.

  35. isabelle disse:

    Nossa… rsss
    Essa da continha foi ridicula..
    Regrinha de 3??? eh.. eh bem primario mesmo.. por isso q nao tenho pq mais escrever.. crianças rebeldes..
    Aprendam a escrever de forma correta.. critiquem corretamente.. falem verdades.. a peça so tem la la la 1x.. termina em pã 1/10 do musical( sabe oq significa esse numero neh Lica?? )… e mais a palavra eh forte.. cuidado com o q falam ou escrevem..
    Haaaa Valmir .. olhei a critica.. incrivel.. como mesmo nas coisas q nao gostaram .. os termos usados forambem mais leves. Rssss estranho neh??? Mas beleza.. Bacante eh bem a cara de voces.. só bêbados escrevem assim.. sem pensar.. apenas falam.. e que o mundo se exploda.
    E qdo o musical voltar.. vão ver.. contem os la la la.. os pã… e veja a reação do publico.. nao as familias.. mas aqueles 99% que compraram e indicaram a outros..mesmo com “figurinos da 25 de março” ou “cenarios gigantes que sobem e descem” ou ate mesmo ” os afinadinhos “.. critica??? rsss bom vinho a todos..

    bjs

  36. Maurício Alcântara disse:

    Vinho? Alguém falou em vinho? Eu topo.

  37. Leca Perrechil disse:

    Oi, Isabelle

    Que bom que você gostou do post acima. Fazer conta é bem primário,.. porque ficar contando quantos pãs teve na peça, não é né! (desculpa, é que já que foi tantas vezes falado em frustração, preciso confessar que sou uma matemática frustrada. Por isso que parei na regra de 3, que, aliás, não é primário… já que é a base para muitas contas complexas… mas depois podemos ir num bar discutir sobre isso, já que, sim, somos bêbados… e também escrevemos bêbados… http://www.bacante.org/resenhas/2007/03/de-bbado-pra-bbado.html). Engraçado você falar em bebida. Ontem tomamos um ótimo espumante rose.

    A questão é… não importa quantos pãs tinha… mas tinha, não tinha? Se vc se deu ao trabalho de contar, e falar que só tinha 1/10 (não conheço nenhuma Lica) é que também achou ridículo.

    Sim, somos crianças rebeldes… porque não tivemos infância. Eu nunca fui no Playcenter, a Juli nunca leu Harry Potter, o Fabrício nunca fez um castelinho e o Mau nunca foi criança…

    A resposta pras outras coisas já foram dadas várias vezes… então, vou deixar por isso mesmo.

    Ah, a 25 de março merece respeito. Quem sabe, usa bem.

    Pra terminar, a Bacante é a nossa cara mesmo…

    Um beijo pra você.

  38. Juli =) disse:

    Só um detalhe… a gente pensa, sim, pra escrever. Principalmente quando as peças nos propõem alguma reflexão. Você pode não gostar do que a gente pensa e aí é outra história, também passível de discussão.

    Quanto a escrevermos bêbados… qual é o problema? Textos e obras geniais saem de mentes bêbadas! Tenta uma vez pra vc ver!

    Beijo.
    Juli =)

  39. Emilliano disse:

    Ok! Ok! Não vi a peça e nem quero ver! Em todo lugar do mundo tem isso! Um monte de voluntários que fazem uma “pecinha” e chamam um diretor professor universitário e pagam cachê pra meia dúzia d profissionais. Aki em Minas isso ocorre sempre (inclusive já participei de uma, mas que isso fike entre parênteses)! E lógico q lotam, são temas religiosos e afins. Daí se falam dos judeus, os judeus lotam o teatro, se falam dos evangélicos, os evangélicos lotam o teatro, e por aí vai.
    Agora gente, qualidade artística é outro ponto! Como dizer isso quando não há criação e pesquisa, mas fórmulas prontas, com marcações prontas, com músicas prontas e todo o resto pronto!
    Nada contra esse tipo de espetáculo, mas que façam com qualidade poxa!
    E exemplos não faltam! Olhem os espetáculos dos meninos do Araçuaí (vale do jequitinhonha) que o Grupo Ponta de Partida produziu! Todos amadores, pouco patrocínio, mas surpreendente e emocioante!
    E tomara que essa resenha tenha 100 comentários! Adoro polêmicas!

  40. Daniele Avila disse:

    caraca! um cara de Minas!
    a Bacante está ficando internacional!

  41. Valmir Junior disse:

    Falou e disse, Emilliano! Abraço!

  42. emilliano freitas disse:

    Aeh! A bacante já nasceu internacional!
    Uberlândia tb lê bancante! (afinal aki tb se produz teatro, além de ex BBB, banda de pagode e pão de queijo!)
    Só falta agora uma resenha de uma peça uberlandense!

  43. Juli =) disse:

    Opa, Emiliano, manda você mesmo a resenha urbelandense (eita, não deve ser isso!)que a gente publica!
    PS: Adoooooro pão de queijo!
    PS2: Também adoro doce de leite! Quando você vier pra São Paulo vê se marca uma cerveja com a gente e traz doce de leite!

    Beijosss.

  44. Emilliano disse:

    Ok Juli! Em outubro devo voltar em Sampa! Daí levo um doce de leite feito pela minha avó pra vc!
    Ah, e vou preparar uma resenha uberlandense (deve ser isso né?)!

  45. WilliamMex disse:

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